O governador Pedro Taques (PSDB) determinou que os contratos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) passem por uma “checagem” pela Procuradoria e Controladoria Geral do Estado.
A pasta foi alvo da Operação Rêmora, deflagrada pelo Gaeco na terça-feira (3), para investigar um suposto esquema de fraudes em obras da Seduc. No mesmo dia, o secretário Permínio Pinto (PSDB) pediu exoneração.
Os casos suspeitos ocorreram em 23 licitações de obras de construção e reforma de escolas públicas em diversas cidades do Estado, num montante orçado em R$ 56 milhões.
De acordo com o procurador-geral do Estado, Patryck Ayala, o Governo irá buscar acesso à decisão da juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, para ficar a par das investigações.
Enquanto isso, Ayala e o secretário-controlador geral do Estado, Ciro Rodolpho Gonçalves, devem designar servidores de seus respectivos órgãos para auxiliar o secretário interino de Educação, José Arlindo de Oliveira Silva, que assumiu o cargo no lugar de Permínio.
“Haverá a presença de um procurador e de um controlador apoiando as ações do secretário José Arlindo. Essas demandas terão que ser estudadas em uma reunião específica com o secretário, para que a gente consiga dar as orientações adequadas para as próximas ações”, disse Ayala ao MidiaNews.
“A recomendação [do governador] foi de, ao entrarmos na secretaria, diagnosticar quais teriam sido os eventuais problemas e buscar reforçar os mecanismos de controle e avaliação”, afirmou.
O procurador não descartou a possibilidade de auditorias em outras pastas. Mesmo com as possíveis fraudes na secretaria, ele afirmou que o trabalho de acompanhamento é constante, tanto pela Procuradoria, quanto pela Controladoria.
“Não sei se houve fraudes. Nem comecei meu trabalho. O grupo vai ser constituído agora. Vamos ingressar e, a partir daí, vamos ter o diagnóstico do que aconteceu ou não. Não posso falar em fraude, nem em erro”, disse Ayala
Autor: Douglas Trielli com Midia News