Após o anúncio do não pagamento da Revisão Geral Anual – RGA, feito no dia 6 de maio pelo governo Pedro Taques (PSDB), cerca de 70% dos sindicatos e associações que representam os servidores públicos estaduais aderiram à paralisação geral unificada que ocorre por 24 horas no dia de hoje (17) em todo o Estado.
O Fórum Sindical realizou diversas reuniões com as categorias do funcionalismo público para discutir a posição do governo.
O presidente da Associação dos Analistas Regulares do Estado de Mato Grosso (Asager) e representante do Fórum Sindical, James Jaudy, informou por meio de oficio enviado à Secretária de Estado de Gestão e também para a imprensa que “Cabe salientar que as categorias – individualmente – tomaram as providências de acordo com suas respectivas disposições estatutárias e estarão reunidas na porta da Seges/MT, em ato Público, aguardando uma possível definição por parte do governo do Estado para que seja levada à apreciação dos servidores públicos, evitando-se, desta forma, a greve geral que está se configurando em função deste impasse”, diz trecho do ofício.
A presidente do Sindicato dos Servidores do Detran-MT (Sinetran-MT), Daiane Renner, informou que todas as unidades do Detran no Estado vão paralisar. “O RGA é um direito constitucional que está sendo descumprindo. Não se trata de um aumento, só que esse direito seja cumprido, disse a sindicalista.
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), que representa 40 mil servidores da rede estadual, também aderiu ao movimento. Henrique Lopes, presidente do Sintep, reafirmou que o RGA é um direito e que a entidade apoia o movimento.
“Trata-se de um direito. Estamos juntos com os servidores. Entendemos a crise, mas o ajuste não deve ser feito em cima dos servidores”, comentou.
O ato tem como objetivo assegurar o pagamento do RGA, como prevê a Lei nº 8278/2004. O representante do Sintep/MT no Fórum, Orlando Francisco, também falou sobre a paralisação de hoje, destacando que os servidores do Executivo estão sendo penalizados.
“Nas contas do governo sobram recursos para determinadas áreas e apenas os servidores do Executivo é que são penalizados. O Fórum não aceita que os trabalhadores/as paguem a conta sozinhos, enquanto Judiciário e Legislativo tiveram a recomposição salarial garantida desde janeiro”.
Já o secretário de Gestão, Júlio Modesto, mantém a posição de que o diálogo está aberto. “O compromisso do governador e da Câmara de Gestão é abrir o diálogo franco para estudar mensalmente o que podemos fazer para cumprir com a RGA. Esforços no eixo das receitas serão feitos”, disse.
Autor: Alexandra Lopes com DiariodeCuiaba