Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

Após um mês de paralização, greve dos servidores publicos começa perder força




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A greve dos servidores públicos do Estado por conta do não pagamento integral da Revisão Geral Anual (RGA) de 11,28% completa hoje um mês. Dos 32 sindicatos que compõem o Fórum Sindical, pelo menos 30 tinham aderido ao movimento paredista. No entanto, esse número vem diminuindo. Continuam em greve, até o momento, 20 categorias. Dentre os principais setores atingidos pela greve estão a Saúde e Educação e o Detran.

O Sindicato dos Trabalhadores da Empaer (Sinterp), que representa os empregados públicos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), deliberou contra a greve geral antes mesmo de seu começo.

Nesse imbróglio, voltaram ao trabalho os servidores do Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Públicas de Meio Ambiente do Estado de MT (Sintema), Sindicato dos Delegados de Polícia de Mato Grosso (Sindepo), Sindicato dos Peritos Oficiais Criminais (Sindpeco) e o Sindicato dos Escrivães da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso. Os escrivães de Polícia Judiciária Civil decidiram na terça-feira (28) pelo fim da greve.

Mato Grosso é, hoje, representado por cerca de 100 mil servidores.

E para pôr fim à greve, o governo já sugeriu 5 propostas para o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA). Na última quarta-feira, o Governo enviou à Assembleia Legislativa uma nova proposta de pagamento da RGA. Desta vez, o Executivo sugeriu 7,54%, parcelados em 3 vezes - 2% seriam pagos em setembro (calculado sobre o subsídio de maio de 2016), 2,68% em janeiro de 2017 (calculado sobre setembro de 2016) e 2,68% em abril de 2017 (com base no subsídio de janeiro de 2017). A proposta já foi votada e aprovada por 13 votos favoráveis e 9 contrários na Assembleia Legislativa. No entanto, o representante do Fórum Sindical e presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso (Sisma), Oscarlino Alves, informou que uma “maioria esmagadora” não vai aceitar essa proposta e que a greve continua. Mas assegurou que os serviços de urgência e emergência estão funcionando em sua totalidade. “Quero tranquilizar a sociedade e dizer que os serviços de urgência e emergência estão funcionando 100%”, disse o sindicalista. A Secretaria de Estado de Saúde informou que tanto o nível central, quanto as unidades descentralizadas e escritórios regionais de Saúde, estão mantendo 30% do serviço funcionando, priorizando apenas urgência e emergência.

Os filiados ao Sindicato dos Servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Mato de Mato Grosso (Sinetran) também continuam em greve.

Durante o período de greve dos servidores do Detran/MT, a assessoria informou “que não foi realizado atendimento no setor de veículos, além de exames teóricos e prático também. Já no setor de habilitação, os serviços funcionaram normalmente, assim como o setor de apreensão e liberação de veículos. A greve não causou impacto, já que tivemos o número de R$ 22.789.118,39 de arrecadação. O número caiu, mas não causou prejuízo”, diz trecho da nota. O Detran tem 62 Ciretrans no estado de Mato Grosso.

Já o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (Sintap), que representa os servidores dos Institutos de Defesa Agropecuária e de Terras de Mato Grosso (Indea e Intermat), decidiu, ontem, em assembleia geral, pelo fim da greve. A greve da categoria durou 24 dias.

Conforme Henrique Lopes, presidente do Sintep (sindicato dos servidores da Educação) e membro do Fórum Sindical, a tendência é de que a greve continue. “Continuamos em greve. Eles querem enfiar essa proposta goela baixo. Rejeitamos! O Fórum Sindical, como um todo, se sente desrespeitado. A tendência é de que a greve continue. Ainda vamos ter outros capítulos na tentativa de resolver esse impasse”, disse Lopes. Trinta e seis mil dos 40 mil profissionais da Educação estão de braços cruzados, nas 755 escolas estaduais nos 141 municípios, onde estão matriculados cerca de 440 mil alunos. Nessa semana, a greve na Educação foi declarada legal e o movimento ganhou força.

Contudo, o Fórum Sindical informou que nos próximos dias cada categoria irá discutir com suas bases sobre o fim ou não da greve. 


Autor: Alexandra Lopes com DiáriodeCuiaba


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