Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Prioridade na Saúde volta a ser promessa de políticos cuiabanos




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A depender dos candidatos a prefeito de Cuiabá na eleição deste ano, o atendimento a pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na capital vai rivalizar muito com o de clínicas e hospitais particulares.

Em comum, todos têm a melhoria dos serviços de saúde como prioridade, prometem investir em prevenção e, mesmo com as falhas de um sistema considerado impossível de administrar, nenhum candidato ataca frontalmente a política adotada pelo prefeito Mauro Mendes (PSB).

Pelo contrário, todos afirmam que vão continuar as obras de duas Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) e a tão esperada construção do Hospital e Pronto-Socorro Municipal, até porque, nesse último caso, o grosso do investimento – R$ 50 milhões – é do Governo do Estado. O Município está entrando com cerca de R$ 25 milhões.

Se não errar muito, o próximo prefeito de Cuiabá poderá contar, em seu segundo ano de mandato, com a melhor estrutura de saúde pública que a cidade já teve. Além do Hospital São Benedito, do novo Pronto-Socorro (com 315 leitos, sendo 60 de UTI) e um dos mais modernos centros de armazenamento e distribuição de medicamentos, Cuiabá terá quatro UPA, uma em cada canto da cidade – e poderá dar outra destinação às cinco policlínicas, todas elas consideradas ultrapassadas para os dias de hoje.

Também está em construção, pelo Governo do Estado, a “Cidade da Saúde”, que vai reunir estruturas de atendimento a várias especialidades no local onde estava sendo construído o interminável Hospital Central, no CPA.

Uma vez terminadas essas obras, que estão em pleno andamento, o próximo prefeito terá duas preocupações básicas: arrumar recursos para a manutenção dessas estruturas – que, sendo novas tendem a atrair mais pacientes - e equacionar a complicada questão de pessoal (leia-se greves e falta de médicos).

Em relação à manutenção de unidades de saúde, uma vantagem das UPA é que elas recebem recursos federais mensalmente, desde que obedeça às regras do Ministério da Saúde. Já as policlínicas são todas bancadas pelo Município.

Já a questão de pessoal... Em três anos e meio, Mauro Mendes enfrentou dezenas de greves de médicos e enfermeiros, precisou trocar dois secretários e não teve um minuto de trégua dessas duas classes, que pediam não só melhores salários, como condições de trabalho mais digna.

Médicos e enfermeiros chegaram a ser agredidos por pacientes que, de tanto esperar, acabavam tendo os seus “dias de fúria”. Com a colocação de policiais armados nas salas de espera, a situação foi amenizada.

A falta de equipes médicas, porém, é um problema que não será fácil de superar. Hoje a cidade de Cuiabá testa um modelo de contratação que é público, mas segue a CLT, através da Empresa Cuiabana de Saúde, que administra o Hospital São Benedito. Ali ainda não houve incidentes ou paralisações.

Em seu mandato, Mauro Mendes só teve certo descanso depois que iniciou a obra do Pronto-Socorro. No início de seu mandato, imagens de pacientes deitados em macas no chão do antigo PSMC ganharam as manchetes nacionais e se tornaram o símbolo do descaso. Para que tenha sucesso, o novo prefeito deverá ter uma preocupação especial com o bom atendimento.


Autor: Orlando Morais com Diario de Cuiaba


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