A nova concessão do serviço público municipal de transporte coletivo de passageiros de Cuiabá será discutida hoje, em audiência pública. No projeto básico, a ser apresentado, a Prefeitura Municipal mantém o sistema integrado com Várzea Grande e cria uma nova rede interligada e estruturada a partir dos dois eixos do veículo leve sobre trilhos (VLT). A ideia é que o serviço funcione apoiado por terminais e estações de conexão (ECOs), sendo mantida a integração eletrônica (cartão).
A proposta leva em consideração o crescimento projetado da demanda do transporte individual motorizado entre 2010 e 2030, que será de 26,3%, passando de 45.513 para 57.470 viagens. Por sua vez, a demanda do transporte coletivo crescerá 29,3%, de 52.590 para 67.997 viagens na “hora-pico” da manhã.
“Neste cenário, o aumento da demanda do transporte coletivo representa a necessidade de elevação da frota em operação e um aumento da solicitação dos equipamentos de integração e do sistema viário”, traz a minuta da proposta de concessão.
Contudo, os dados estatísticos de demanda, conforme registros do sistema de processamento da bilhetagem eletrônica, na média mensal anual em 2015, foram transportados nos serviços de transporte coletivo de Cuiabá um total de 5.713.148 passageiros. Este valor que corresponde a uma redução de 21%, quando comparado com a média mensal de passageiros transportados em 2007”.
Pelo projeto, o serviço de transporte coletivo, objeto da concessão, é dividido em três lotes (A, B, C). Caberá ao “lote A” à operação de 44 linhas. Neste caso, a frota operacional prevista é de 214 veículos, a produção quilométrica é de 1,25 milhões de quilômetros mensais. No “lote B” são 31 linhas, com 168 veículos. Já o “C” é formado por 21 linhas e uma frota operacional prevista de 31 coletivos.
Além dos terminais do CPA I e III, a proposta é construir outro no Coxipó. As ECOs foram idealizadas no Porto, Três Américas, Pedra 90, Distrito Industrial, na capital, e uma no Asa Bela e o terminal André Maggi, em Várzea Grande.
“Os terminais deverão ser os equipamentos de maior porte, dotados de toda a infraestrutura de suporte às atividades dos operadores, com instalações para os passageiros, áreas de estacionamento de ônibus e outras facilidades operacionais”, traz a minuta.
Já as estações de conexão serão equipamentos menores que os terminais, nas quais o objetivo maior é a integração dos passageiros com áreas menores de instalações, às vezes, sem áreas de estocagem.
Autor: Joanice de Deus com DiáriodeCuiaba