Angela Chaves e Alessandra Poggi estreiam como autoras titulares em novela da Globo, elas já trabalharam com Gilberto Braga, Manuel Carlos e Miguel Falabella.
Sophie Charlotte e Renato Góes vão representar o jovem casal que vive um amor impossível na nova novela da Globo. Escrita por Alessandra Poggi, a novela reconta a história de Romeu e Julieta, no ambiente violento e repressor da ditadura militar brasileira
Renato (Renato Góes) e Alice (Sophie Charlotte) se conhecem em plena ditadura, já no primeiro capítulo de “Os Dias Eram Assim”. Na nova trama da Globo, que estreia dia 17 de abril, na faixa das 23h, o casal se apaixona durante um encontro casual, em um bar onde se comemora a conquista do tricampeonato da seleção brasileira de futebol.
Uma mostra do quanto o contexto histórico nacional das décadas de 1970 e 1980 afetará o destino da dupla. “Vamos acompanhar suas vidas atravessando os anos de chumbo, passando pela anistia e chegando à campanha pelas Diretas Já, em 1984, período em que a maior parte da história se concentra”, comenta a autora, Alessandra Poggi.
Arnaldo (Antonio Calloni), que é pai de Alice, é a favor do governo militar. Após um ataque à sua construtora - no qual Gustavo (Gabriel Leone), irmão de Renato, está envolvido -, o empresário manda o delegado Olavo (Marco Ricca) persegui-lo.
A situação se agrava quando Arnaldo descobre que Renato, além de parente de Gustavo, também é responsável pela mudança comportamental de sua filha. E se une a Vitor (Daniel de Oliveira), que arma para que o namorado de sua ex-noiva seja acusado de subversão e precise fugir para o Chile.
“Alice quer liberdade e um grande amor, mesmo sendo criada por uma família de direita e conservadora. De cara, ela encontra isso na figura do Renato, um médico idealista, que promove nela uma transformação muito rápida’, adianta Sophie Charlotte.
Escrita por Angela Chaves e Alessandra Poggi, “Os Dias Eram Assim” terá 80 capítulos. Com direção de Carlos Araújo, a intenção é mostrar como as diferenças de pensamento entre as famílias de Alice e Renato, nos anos da ditadura no Brasil, afastam os dois.
“Um arquétipo clássico que funciona é o do Romeu e Julieta. Aqui, existe uma cautela obrigatória, que é uma pressão do momento e não só dos pais. Eles vivem um amor proibido”, conta Renato Góes. Quando eles se reencontram, descobrem as mentiras contadas no passado.
Alice, por exemplo, acreditava que o amado estava morto e, por isso, se casou com Vitor. Já o médico pensa que a moça desistiu da relação e cede aos encantos de Rimena (Maria Casadevall). Tudo porque Vera (Cássia Kis) foi chantageada por Arnaldo para inventar uma mentira para Alice e esconder do filho que nunca entregou a carta com seu paradeiro à moça.
“Há uma frustração, um sentimento de interrupção pela separação abrupta. Eles seguiram em frente. Mas, mesmo com o passar do tempo, não encontraram nada que se comparasse àquela experiência anterior”, antecipa a autora Ângela Chaves.
Autor: Redação AMZ Noticias