Os deputados federais Adilton Sachetti e Fábio Garcia se desfiliaram do Partido Socialista Brasileiro (PSB) nesta terça-feira (24), três dias antes da reunião em que estava prevista a expulsão deles e de outros parlamentares, que eram alvos do Conselho de Ética da legenda, após terem contrariado a orientação da executiva nacional e votado a favor da reforma trabalhista, em abril deste ano.
Depois disso, uma crise se instalou no partido dentro de Mato Grosso e Garcia chegou a ser destituído da presidência estadual, sendo substituído pelo deputado federal Valtenir Pereira, que também votou a favor da reforma trabalhista, o que foi apontado por Garcia como “incoerência” da executiva nacional.
Depois disso, os destituídos passaram a se articular para voltar ao comando da sigla, mas, ao mesmo, já conversavam com outros partidos. As conversas de Sachetti e Garcia estão adiantadas com o Democratas (DEM), cujo convite partiu do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia.
Conforme divulgou o Gazeta Digital, a expulsão dos deputados iria ocorrer no último dia 16, mas uma liminar na Justiça barrou a votação, que já contava com parecer favorável á expulsão por parte do Conselho de Ética. No entanto, os parlamentares entraram em um consenso com a direção nacional e decidiram sair por livre e espontânea vontade, contando também com a anuência da Executiva, em um acordo que os livra de serem processados por infidelidade partidária e correrem o risco de perder seus mandatos.
Ainda na noite de terça-feira (24), Fábio Garcia emitiu um comunicado em suas redes sociais, informando a saída do PSB. Em tom cordial, ele agradeceu aos correlionários e destacou o trabalho realizado em Mato Grosso, que levou ao crescimento nos quadros da legenda.
Adilton Sachetti seguiu o mesmo tom de discurso, mas enfatizou que seu ciclo no partido estava encerrado porque o partido estava com algumas “visões que já estavam enterradas mundo afora” e que o retorno dessas ideias causaram a celeuma na sigla.
Autor: AMZ Noticias com Gazeta Digital