O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Joaquim, rebateu as declarações do presidente do PSDB em Mato Grosso, deputado federal Nilson Leitão, e afirmou que possui propostas para melhorar a saúde pública no Estado.
Joaquim ainda afirmou que diversas falhas na saúde pública, na gestão do governador Pedro Taques (PSDB), foram apontadas durante o período em que esteve na presidência do TCE. Porém, ele afirmou que tais apontamentos não foram solucionados por Taques.
Leitão havia criticado o conselheiro afastado em razão das diversas declarações que Joaquim tem feito contra a gestão tucana. O deputado questionou, por exemplo, o fato do conselheiro se manifestar agora, quando sinaliza que pretende disputar o Governo, e ter-se mantido em silêncio durante o tempo em que foi presidente do TCE. E também apontou uma suposta falta de propostas por parte do conselheiro.
Antônio Joaquim negou que as críticas que faz ao governador sejam uma tentativa de adiantar a possível disputa eleitoral de 2018.
“Não estou discutindo nomes ou fulanizando. Estou apenas dizendo que é um governo ineficiente e que a gestão é um desastre. Isso não é adiantar 2018, significa dizer que estou contrapondo. É a constatação da realidade”.
“O deputado Nilson Leitão pode ficar tranquilo, porque estou consciente do meu papel. Não sou nenhum neófito na política. Tenho maturidade, equilíbrio e não tenho nenhum deslumbramento, pois já passei dos 60. Eu tenho é coragem de dizer coisas que quero que sejam ditas”, assegurou.
Joaquim afirmou ainda que as declarações de Leitão foram equivocadas e comentou que está exercendo seu direito como cidadão.
“A saúde do Estado é uma situação de calamidade pública. Mato Grosso vive a sua pior crise”, pontuou.
O conselheiro afastado ainda rebateu as declarações de Leitão referentes às propostas do pré-candidato ao Executivo estadual. O parlamentar havia cobrado que Joaquim não fizesse apenas críticas ao Executivo estadual, mas que também apresentasse soluções.
“Eu tenho propostas, sim. Seria uma afronta à inteligência do povo de Mato Grosso querer construir minha candidatura somente em cima de críticas. Mas é preciso criticar também, pois há coisas claramente inadequadas, como a questão da saúde”, disse.
Joaquim mencionou que, entre suas propostas, estão a construção de uma gestão mais eficiente em relação à saúde, a municipalização do setor e o fortalecimento de consórcios para gerir os hospitais e adquirir medicamentos, insumos e equipamentos.
“Acredito que a municipalização seja uma das alternativas para melhorar a saúde em Mato Grosso, porque cada cidade cuidará adequadamente do setor. Além disso, o fortalecimento do consórcio irá ajudar nas gestões dos hospitais, porque são mais baratos, transparentes e eficazes”, justificou.
Ele também mencionou que entre suas propostas está o aumento nos recursos utilizados pelo Estado para a gestão da saúde pública.
“O Estado gasta, atualmente, cerca de 12% de sua receita com a saúde. O Governo deveria aumentar esse investimento para, ao menos, 15%, para auxiliar na situação da saúde. Isso ajudaria a diminuir o déficit no Estado, que acho que atualmente está em torno de R$ 600 milhões”, pontuou.
Autor: AMZ Noticias com Midia News