O garçom Leandro Nascimento, 25, morador de Varzea Grande, afirma que, embora não tenha nenhuma passagem policial e nem estivesse em situação suspeita, foi vítima de uma abordagem policial truculenta e injusta no início da noite desta segunda-feira (15), por volta das 18h30, no bairro Bela Vista, em Cuiabá, próximo à casa da mãe dele. Ele conta que estava soltando pipa junto com amigos, em horário de folga do serviço e viram a viatura da Polícia Militar passar pela rua, "rodear o quarteirão" e retornar, chegando até eles.
De acordo com Leandro, um policial militar cujo 1º nome é Ubiratã saiu da viatura e o xingou de vagabundo e que ele retrucou dizendo que é trabalhador. "Sou mesmo, trabalho em um restaurante em Várzea Grande", reafirma o agredido. "Quando eu disse isso, o PM me agarrou pelo pescoço, me deu socos na cara, um pontapé no pé no peito, me colocando dentro do camburão, fui algemado, me levaram para delegacia, só porque eu disse que conhecia meus direitos", reclama Leandro.
Na abordagem, houve disparo de balas de borracha que feriram o pé de Leandro em 4 locais. Há escoriações nas costas dele. Na Central de Flagrantes, a agressão continuou. "Fui arrancado da viatura pelos cabelos e já dentro da delegacia continuaram me agredindo. Apanhei mais", reforça.
A PM registrou boletim de ocorrência por desacato, alegando que teve de agir desta maneira porque houve resistência à abordagem. Alegando ainda que Leandro estava incitando os outros rapazes a agirem também com desrespeito aos militares. "Eu não estava fazendo isso não e se você olhar as imagens que um vizinho fez da abordagem, que deve ter durado uns 5 minutos, vai ver que os guris estão todos com as mãos na cabeça", detalha o garçom.
Autor: AMZ Noticias com Gazeta Digital