As famílias cuiabanas abriram o ano de 2018 aumentando o nível de endividamento, após as datas comemorativas de final de ano. Pesquisa que mede o endividamento e inadimplência do consumidor (Peic) mostra que em janeiro houve alta no índice que mede o comportamento dos consumidores, que passou de 55,7% em dezembro de 2017 (107.164 famílias) para 56,9% em janeiro (109.645 famílias). Os dados elaborados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), foram divulgados ontem pela Fecomércio/MT.
Na proporção mensal da pesquisa, observou-se um segundo aumento consecutivo no numero de famílias que possuem contas em atraso, saindo de 27,2% em novembro passado (52.318) para 27,5% no mês seguinte (52.966) e 27,6% em janeiro (53.144). Já na comparação com janeiro de 2017 em relação ao mês atual, em números absolutos, houve uma significativa redução no número de endividados. Isso porque no primeiro mês de 2017, 72.895 famílias estavam nestas condições, já em janeiro deste ano, caiu para 53.144.
O tempo para o pagamento das contas em atraso aumentou na comparação anual da pesquisa, de 56,3 dias em janeiro de 2017 para 69,8 dias em janeiro deste ano. Já o tempo de comprometimento com dívidas perdura por mais de seis meses, sendo 6,6 meses em janeiro do ano passado e 6,8 meses no mesmo período desse ano.
A pesquisa revelou ainda que, para as famílias que não terão condições de pagar as dívidas, o índice teve queda no mês e chegou a 13,6% (26.184 famílias), contra 15,2% do mês anterior (29.315 famílias). O resultado se aproxima do menor obtido nos últimos treze meses, justamente o registrado em janeiro de 2017, quando 13,4% das famílias (25.609) estavam nestas condições.
“Esse percentual mostra que, muitos cuiabanos que receberam o 13º salário, aproveitaram para quitar dívidas antigas e que a empregabilidade está permitindo boas perspectivas àqueles que ainda têm parcelas a vencer”, pontua O presidente da Fecomércio/MT, Hermes Martins da Cunha.
Com a melhora das condições econômicas e da empregabilidade, a variação anual da pesquisa registrada apresentou forte queda no número de famílias que possuem contas ou dívidas contraídas com cheques, cartões de crédito, carnês e outros. Em janeiro de 2017, o índice era de 68,5% (130.432 famílias) contra os atuais 56,9%.
O presidente da Fecomércio/MT reforçou a melhora da economia sobre questões do consumo e endividamento. “As taxas de juros menores e a recuperação da renda têm contribuído para uma melhora das condições dos consumidores em honrarem suas dívidas no decorrer do ano. Esse 2018 promete bons ventos para a economia e para o comércio em geral”, disse.
Autor: AMZ Noticias com Diário de Cuiabá