Aumentou o número de acidentes com morte no trânsito, em Mato Grosso. Neste ano, até julho passado, o Estado registrou 342 (5.5%) sinistros com vítimas fatais, contra 324 contabilizados no mesmo período do ano passado. Maiores cidades mato-grossenses em termos populacionais, Cuiabá e Várzea seguiram a tendência, conforme dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp/MT).
A poucos dias do início da Semana Nacional do Trânsito (18 a 25 de setembro), os dados evidenciam que o trânsito continua sendo um grave problema no Estado, apesar de medidas adotadas pelas autoridades públicas para tentar diminuir as ocorrências, especialmente, com óbitos. Entre, elas a chamada “Lei Seca”, que apresenta tolerância zero para condutores que dirigem sobre o efeito do álcool em qualquer quantidade, além da proibição da venda de bebidas alcoólicas em rodovias federais.
Mesmo assim, o número de acidentes causados por motoristas alcoolizados ainda é elevado. Mas, além do consumo de álcool, existem outros motivos que elevam o número de mortes no trânsito. Entre esses, destacam-se a imprudência dos condutores, descumprimento da sinalização, as condições ruins de ruas e estradas, a sinalização precária em algumas vias, entre outros.
Conforme a Sesp, as ocorrências do tipo colisão representam 37% do total de acidentes. Após, são os abalroamentos (31%), seguidos dos choques (10%), atropelamentos (4%), capotamentos (3%), atropelamentos de animal e tombamentos (ambos 2%) e outros (11%). Em Cuiabá, dados da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) mostram que entre 1º de janeiro e o dia 12 de setembro deste ano, foram registrados 967 acidentes. Em comparação ao mesmo período de 2017, quando ocorreram 1.009 sinistros, a quantidade representa uma redução de 5%.
Contudo, o levantamento da Sesp, mostra que as ocorrências com morte aumentaram. Saltaram de 63 mortes, em 2017, para 68 neste ano (até julho passado), o que representa um incremento de 8%. Em Várzea Grande, os óbitos subiram de 25 para 27, mesmo espaço de tempo.
Segundo a Semob, pelas avenidas mais movimentadas da capital, Fernando Correa da Costa e a Miguel Sutil, circulam uma média de 45 mil e 38 mil veículos diariamente. Nessas vias, se concentraram cerca de 50% dos casos de acidente de trânsito com vítimas registrados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “São estas duas vias que concentram o maior número de acidentes e infrações”, reforçou por meio da assessoria de imprensa.
Contudo, o órgão ambiental destaca que ambas as vias estão sinalizadas e contam com faixas, semáforos e radares, além do monitoramento realizado pelos agentes de trânsito.
MULTAS - Os dados da Semob mostram ainda houve uma redução no número de multas. Enquanto em 2017 foram 355.847 autuações, neste ano o número caiu para 190.337. A principal infração registrada é transitar em velocidade superior a permitida (105.460), seguida do avanço semafórico (25.830). Após vem estacionar em local e horário proibido (9.533), estacionar na calçada (5.592), não usar cinto de segurança (5.366) e segurar ou falar ao celular (4.767).
Para conscientizar, o município informou que desenvolve periodicamente ações educativas. Em janeiro, por exemplo, as campanhas foram voltadas a orientação dos pais, sobre como deixar os filhos na escola com rapidez e segurança. Também destaca o projeto “Faixa Cidadã”, que estimula a travessia nas faixas de pedestre, blitz educativa e o projeto de pilotagem consciente para motociclistas.
“Este último é aberto a aberto a população e aborda leis de trânsito, direção segura e a prática da pilotagem em si. Uma nova edição está prevista para os próximos meses. Os interessados devem preencher um formulário disponível na Semob, onde deverá ser deixada também uma cópia da carteira de habilitação”, destacou por meio da assessoria de imprensa
Autor: Redação AMZ Noticias