Em clima de despedida de sua gestão a frente do Estado, o governador Pedro Taques (PSDB) se avaliou como “muito satisfeito” com o mandato. “Quem chega ao governo do Estado de Mato Grosso, do estado em que eu nasci, onde eu vivo, onde eu quero morrer, não tem o que reclamar, só a agradecer”.
Apesar disso, em seu penúltimo evento público como chefe de Estado, na entrega da trincheira da Estrada da Guia, na tarde desta sexta-feira (28), Taques se dirigiu para o secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo Duarte, e desabafou: “Você sabe a pressão que eu senti e eu sempre dizia: Você sabe a diferença entre o governador e o feijão? Nenhuma. Ambos vivem dentro de uma panela de pressão”.
Reflexivo e dando a entender que não encerrou a carreira política, apesar de não ter conseguido se reeleger, o tucano afirmou que “a diferença da política pra vida é que na vida você só morre uma vez; na política você nasce e morre várias vezes”.
Questionado se a frase representa a mensagem de que tentará se eleger prefeito de Cuiabá em 2020, por exemplo, o político negou esse interesse e afirmou que, por enquanto somente tratará de assuntos pessoais. “Eu não vou tratar de política neste ano de 2018, vou tratar de política no ano que vem. Estou tentando terminar o Estado da melhor maneira pra que nós possamos entregar Estado melhor do que encontramos”, disse.
Pedro Taques afirmou que, a partir de 1º de janeiro, cuidará de sua vida. “Estou pensando em cuidar um pouco de mim e da minha família”. Além disso, ele já está reformando um escritório, onde pretende atuar como advogado e voltará a dar aulas no curso de Direito.
Politicamente, o tucano permanecerá no PSDB e afirma que fará autorreflexão sobre os erros e acertos e os motivos pelos quais ocorreram ao longo de seu governo. “Ninguém só acerta, as pessoas erram também”, disse, complementando que sua decepção enquanto gestor foi não ter tido “condições de fazer tudo”, mas ponderando que “melhoramos muito o Estado”.
Autor: Celly Silva com Gazeta Digital