Em sua primeira entrevista desde que deixou a Prefeitura de Cuiabá, Chico Galindo (PTB) afirmou que está muito satisfeito com o resultado apresentado pela Mangueira na Marquês de Sapucaí e garantiu que quem critica é porque não gosta da Capital. “Se saiu 1% do que queríamos, ao invés de ampliar isso, as pessoas querem destruir e detonar. Eu achei muita sábia a fala do governador ontem, ele disse que pode não ter sido o melhor, mas foi bom para Cuiabá”, afirmou em entrevista exclusiva ao RDTV, tv web do portal RDNews, nesta quinta (14).
Galindo atesta que não faltaram tantos ícones da cultura cuiabana como muitos críticos ressaltaram e justificou a ausência da viola de cocho e do calor da cidade, por exemplo, dizendo que a cultura cuiabana é tão rica que não dá para ser apresentada em 88 minutos. “Pode ter faltado uma coisa ou outra, mas tivemos a lenda da cabeça do pacu, um carro mostrando as nossas igrejas e o São Benedito, um carro que se transformava na dançarina do Siriri”, salienta.
De acordo com Galindo, ao contrário do que a imprensa já divulgou, a escola de samba cumpriu tudo o que estava previsto no contrato, desde as 3 apresentações do enredo na Capital, a realização das oficinas e da utilização de passistas cuiabanas na apresentação oficial realizada no último dia 11 no Rio de Janeiro. “O caçula do pandeiro, a porta bandeira e as passistas eram cuiabanas”, afirmou.
O ex-prefeito ainda garante que a mangueira fez 4 oficinas ao invés de 3 como estava previsto e também fez as 3 apresentações prometidas. "A primeira foi no Cine Teatro, a segunda no Leila Malouf e a terceira foi na Secretaria de Cultura e depois eles deram uma canja na praça do CPA, só que choveu", pondera. Apesar disso, ele reconhece que as apresentações da Mangueira na Capital mato-grossense não atingiram a massa porque houve pouca ou nenhuma divulgação.
Além disso, Galindo também rebateu as análises feitas por publicitários e cineastas de que valeria mais a pena a prefeitura ter colocado inserções na rede globo no horário nobre do que ter patrocinado o carnaval. “Imagina, aí eu não gastaria R$ 3,6 milhões, mas R$ 100 milhões para colocar no mínimo 10 anúncios e teria que ser na mídia dos 116 países que assistiram o carnaval e não só do Brasil”, afirma. O petebista avalia que o investimento na Mangueira trouxe um ótimo custo benefício. "Pelo que a gente investiu o resultado foi bom, porque a campeã do carnaval, a Vila Isabel, recebeu o dobro do que a Mangueira para falar da agricultura”, ressalta.
Mesmo diante das críticas por conta do atraso e dos problemas com o carro alegórico que trombou em uma torre, Galindo disse que a mídia nacional só fez elogios. As críticas, em sua opinião, partiram somente dos veículos locais.
Autor: RDNews