Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Pastor Marcos Pereira da Assembléia de Deus é preso por 06 estupros




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O pastor evangélico Marcos Pereira da Silva, da Assembléia de Deus dos Últimos Dias, foi preso pela polícia carioca, na noite dessa terça-feira (7),  em um de seus carros, um Passat, na Rodovia Presidente Dutra, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

A prisão foi em cumprimento a dois mandados de prisão expedidos contra ele, com base em acusações de estupro de fiéis de sua igreja.

De acordo com o delegado Márcio Mendonça, titular da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), as denúncias tiveram início a partir da investigação que apura as acusações que o coordenador do Afroreggae, José Júnior, fez em 2012 sobre  envolvimento do pastor com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

O delegado ainda contou à imprensa que o nome de Marcos Pereira está ligado a quatro casos de homicídio – um deles seria o de uma mulher que teria descoberto as suas “orgias”. “Na maioria das vezes, o pastor dizia que elas, as mulheres, estavam com o demônio no corpo, e que, por isso, teriam que manter relações com uma pessoa santa. No caso, ele.” contou Márcio Mendonça.

De acordo com o inquérito, as vítimas relataram que o pastor agia com violência e que obrigava mulheres a fazer sexo com mulheres e homens a transar com homens. Uma das vítimas contou que foi estuprada dos 14 aos 22 anos, e outras três disseram que os abusos ocorreram quando ainda eram menores de idade.

Conforme as investigações, as orgias eram realizadas num apartamento na Avenida Atlântica, próximo ao Copacabana Palace. O imóvel pertence à Assembleia de Deus dos Últimos Dias e está avaliado em R$ 8 milhões. “Ele fazia uma verdadeira lavagem cerebral. As vítimas achavam que estavam erradas e tinham que se purificar” completou o delegado.

Pelo Twitter, o coordenador do Afroreggae, José Júnior, elogiou a Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) pela prisão do pastor. “Quero agradecer a NOVA GESTÃO da DCOD pelo excepcional trabalho nessa prisão. Dr. Márcio Mendonça num curto espaço de tempo arrebentou”, afirmou José Júnior.

Após sua prisão, por meio de advogados e parentes o pastor convocou os fieis para protestarem, na porta da delegacia, contra a prisão que ele considera ilegal. Apesar do apelo, apenas 40 pessoas, entre familiares e funcionários da igreja estiveram no local. 

Ligação com  o tráfico

O inquérito para investigar a associação do pastor Marcos Pereira com tráfico foi instaurado há um ano, depois que, em fevereiro de 2012, o líder do AfroReggae José Junior prestou depoimento à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) sobre supostas ameaças que o religioso teria feito ao grupo.

Segundo José Júnior, o pastor teria também participado da onda de ataques cometidas por traficantes no Rio de Janeiro, entre 2006 e 2010. Na ocasião, em nota, o religioso disse que "durante muitos anos atraímos o olhar desconfiado de muitas pessoas, o que me colocou sob investigação e monitoramento intenso e permanente dos órgãos policiais, sem que nenhuma, repito, nenhuma ligação minha ou da igreja que presido tenha sido identificada. Trabalhar com criminosos visando a sua recuperação é diferente de se envolver com criminosos, e esta fronteira eu nunca ultrapassei".

A partir dessa investigação policial apareceram as informações sobre estupros. Segundo o delegado Márcio Mendonça, "as pessoas tinham medo de denunciar" porque começaram a ser ameaçadas. Segundo os relatos ouvidos pela polícia, o medo das vítimas devia-se ao fato do pastor abrigar criminosos e guardar armas na igreja.

Segundo o delegado, o pastor Marcos Pereira estuprava as vítimas também dentro da igreja, muitas vezes em seu gabinete. "Na igreja, tem pessoas que prestam serviço para ele e que não recebem nada. Elas servem o café, ajudam na limpeza, fazem o almoço. Ele se aproveitava e abusava das pessoas naquele local mesmo.", disse Márcio Mendonça, citando ainda que o religioso praticou "atos agressivos" e que fazia orgias com homens e mulheres no apartamento em Copacabana.

Homicídio

Segundo a polícia, uma jovem assassinada em 2008 queria denunciar o pastor depois de ter sido vitima de abuso. Três pessoas foram presas suspeitas do crime, entre elas, o sobrinho do religioso.

Há tambem uma investigação que aponta que, além do homicídio desta jovem, que já era maior de idade, há outros homicídios. "São pessoas que teriam descoberto as orgias e aí foram assassinadas", afirmou o delegado.

 


Autor: BHAZ


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