Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024
Os profissionais da Educação de Várzea Grande entram em greve por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira, 13, conforme decisão tomada no dia 23 de abril, em Assembleia Geral. Com a paralisação, mais de 22 mil alunos ficam fora das salas de aula.
O primeiro dia do movimento grevista será marcado pela realização de um ato público, em frente à Secretaria Municipal de Educação. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso – Sintep/VG, são mais de dois mil servidores que vão cruzar os braços.
Os trabalhadores irão se reunir no Conselho de Representantes durante a tarde desta sexta-feira, 10, na sede do sindicato, para debater sobre a manifestação na segunda-feira, sobre a prorrogação dos contratos temporários por mais um ano (ou até que hajam concursados para tomar seus lugares) e sobre os avanços nas negociações.
Nesta quinta-feira, 9, a Secretaria de Educação do município anunciou que o pagamento referente a um terço de férias dos profissionais da educação será realizado na próxima terça-feira, dia 14, em folha suplementar. Para o secretário municipal de educação Jonas Sebastião da Silva, o pagamento é um compromisso da atual administração que havia garantido o pagamento assim que houvesse disponibilidade.
De acordo com o presidente do Sintep, Gilmar Soares, a Prefeitura prometeu pagar os servidores nesta sexta-feira, o que não aconteceu. “A categoria está indignada pela forma como vem sendo tratada pela administração municipal, que simplesmente ignorou os pontos principais das reivindicações e não discutiu com os servidores”, alegou.
Ele explicou que houve tentativas de negociação com a administração antes da deflagração da greve, mas sem sucesso. A Prefeitura não tomou nenhuma posição sobre a pauta de reivindicação, a revisão do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS), e a revisão do enquadramento de 2010, que são os eixos principais e por isso vamos entrar em greve”, afirmou.
O sindicalista ainda informou que o secretário de educação, Jonas Sebastião da Silva protocolou no sindicato uma proposta de calendário de negociações para tentar suspender a greve. Segundo ele, haverá uma Assembleia Geral na segunda-feira, que poderá definir pela continuidade ou suspensão do movimento grevista.
“Independente do pagamento das férias e da proposta de calendário a greve vai acontecer, pois já havíamos decretado na última Assembleia. O Conselho vai fazer uma avaliação da proposta da secretaria nesta sexta-feira e encaminhar para a Assembleia Geral no dia 13. Somente nesse dia é que a categoria vai se posicionar”, justificou Soares.
Autor: 24 Horas news
