O nível do Rio Paraguai, na região de Cáceres (MT), atingiu 26 centímetros entre os dias 28 e 30 de setembro, conforme o monitoramento hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM). Esse foi o menor nível atingido desde 1965.
Nesta quarta-feira (6), segundo o SGB, o rio está com 28 centímetros. Esses são os menores valores já registrados, considerando toda a série histórica da instituição. O último recorde atingido na região de Cáceres foi em agosto deste ano, quando registrou 35 cm.
Pelo segundo ano consecutivo, o Rio Paraguai, que drena a Bacia do Alto Paraguai e o bioma Pantanal, vem apresentando valores de nível d’água significativamente abaixo da média.
Conforme o monitoramento feito pelo SGB, a tendência de declínio do nível termina neste mês, quando normalmente encerra o processo de vazante. O comportamento dos rios na bacia vem confirmando o prognóstico divulgado pelo órgão desde o início de junho, quando ficou claro que o processo de vazante havia iniciado antecipadamente em 2021.
A estiagem severa também tem causado preocupação nos moradores da região de Sete Lagoas, em Alto Paraguai (MT), porque as nascentes do Rio Paraguai secaram. A bacia do rio Paraguai abrange uma das maiores extensões de áreas alagadas do planeta: o Pantanal.
O período de estiagem tem implicações para navegação no rio Paraguai, hidrovia por onde escoa principalmente produção de grãos e minérios para exportação. Outro problema que ronda a região é o abastecimento de água. Alguns municípios estão planejando captação de água alternativa com o uso de bombas móveis.
O rio Paraguai nasce na Chapada dos Parecis, e segue na direção sul, percorre o limite entre os biomas da Amazônia e do Cerrado, adentrando no Pantanal, na região de Cáceres, por onde segue até deixar o Brasil para o Paraguai.
Desde sua cabeceira, o rio Paraguai drena para as regiões de depressão da planície do Pantanal, sendo o principal canal de drenagem da Bacia do Alto Paraguai (BAP). Possui uma extensão total de 2.621 km, dos quais 1.693 km se dão na RH-Paraguai, desde sua nascente até a foz do Rio Apa.
Autor: AMZ Noticias com G1