A princípio, preteridos na aliança majoritária do senador Pedro Taques ao governo de Mato Grosso, que hora abraça o DEM outra o PR, os lideres do PSDB, deputado federal Nilson Leitão, e do PTB, a ex-senadora Serys Slhessarenko foram fundamentais no primeiro momento da visita de 12 dias, que o senador faz a região do Araguaia, e que segundo sua assessoria serve para divulgar o projeto “Fala Mato Grosso”, aonde o pedetista vai ouvir as demandas e prestar conta do mandato, participando de encontros com lideres políticos, sociais, sindicais, empresariais e população em geral.
De inicio estavam marcadas manifestações principalmente por famílias despejadas da Suia Missu, com carros de som, foguetes e faixas contra o senador, que declarou que era favorável a desocupação, da área de 166 mil hectares da antiga gleba Suiá Missú, demarcada como reserva indígena Xavante, e que deixou mais de 10 mil pessoas desalojadas, na época Taques disse que para ele as decisões judiciais são supremas.
Então eis que entram cena o deputado federal Nilson leitão e a ex-senadora Serys, e segundo fontes desarticularam as manifestações, passando para população local que Taques é a salvação da região.
Leitão foi o único deputado federal que se opôs, e deu a cara na região durante a crise de 2012, e, portanto ganhou a confiança dos antigos moradores do Posto da Mata, já Serys tem forte apelo social e político na região e desarmou os outros manifestantes.
O deputado federal Nilson Leitão foi mais a frente, e durante a visita as cidades de Novo Santo Antonio, Serra Nova Dourada e Bom Jesus do Araguaia, onde conversou com os moradores, prefeitos e vereadores para levantar os problemas da região, criticou a paralisação das obras da BR-158, tida como a redenção do "Vale dos Esquecidos" e cuja pavimentação ainda não foi concluída.
Sobre o programa “MT Integrado” de interligação asfáltica entre as principais cidades do estado e que foi lançado com festa na região, não saiu do papel. A população denuncia que máquinas da empresa responsável pela pavimentação ficaram apenas duas semanas na região. O abandono da obra teria sido causado pela falta de licenças ambientais, informou sua assessoria.
Para Nilson Leitão, esta é a marca de um governo omisso e ineficiente. “Os discursos e cobranças que ouvimos aqui são os mesmos há anos. O estado cresceu, enriqueceu mas algumas regiões continuaram relegadas ao abandono, como o Araguaia. É preciso uma mudança na concepção de governo; é preciso reduzir o penduricalho, o empreguismo, o aparelhamento da máquina que visa ajudar a companheirada. Precisamos de política de resultado, não de omissão e ineficiência, que são as marcas deste governo que aí está”, disse Leitão
O parlamentar disse que Mato Grosso está abandonado e que o atual governo vive de propaganda, de placas, de lançamentos de obras que nunca acontecem. Ele reiterou a necessidade de investimentos, pois segundo ele, “Se o governo não investe não há razão de existir. A única razão de um governo é melhorar a vida das pessoas”.
A comitiva que acompanha Taques também é composta pela deputada estadual Luciane Bezerra (PSB) e pelo secretário nacional do PV Aluízio Leite, e por assessores, e foi recepcionada pelos prefeitos Eduardo Penno (PMDB), Edson Yukio Ogatha (Japonês) (PSD) e Joel Ferreira (PSDB), de Novo Santo Antonio, Serra Nova Dourada e Bom Jesus do Araguaia, respectivamente.
As articulações de Leitão e Serys no Araguaia, podem dar a Taques uma dimensão dos problemas de Mato Grosso, e mostrar também quem tem contato com a base eleitoral, fator importante para uma aliança, recentemente o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes falou sobre a aliança majoritária, o socialista “esqueceu-se” de peessedebistas e trabalhistas, alegando falta de expressão política dos mesmos.
No campo de voto, a situação esta invertida, e isto pode causar mais dor de cabeça para Pedro Taques fechar sua aliança em busca do Paiáguas.
Autor: Jornal da Noticia com Assessoria