Conforme estava previsto, o Movimento Organizado pela Moralidade e Cidadania, ong Moral, protocolou nesta quarta-feira, 4, o pedido endereçado ao Colégio de Procuradores do Ministério Público de Mato Grosso pedindo o afastamento do procurador-geral de Justiça do Estado, Paulo Prado, de suas funções. O presidente da Ong, o advogado Bruno Boaventura, informou que o pedido de afastamento foi encaminhado para o membro mais antigo do poder, Luiz Alberto Scaloppe. Nesta quinta-feira, 5, o Colégio se reúne.
A Ong Moral informou que também vai pedir o cancelamento da nomeação do ex-deputado Sérgio Ricardo no Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE) e da aposentadoria do ex-conselheiro Alencar Soares. Os nomes do conselho aparece nas investigações sobre o esquema de lavagem de dinheiro de uma ‘factoring fantasma’, operada pelo empresário Gércio Mendonça Junior, cujos empréstimos a políticos eram supostamente pagos com dinheiro público. A vaga de Alencar Soares teria sido negociada.
A par das denuncias, o procurador-geral de Justiça, afirmou que o requerimento da ong Moral é ‘oportunista e sem qualquer amparo jurídico’. Prado afirmou estar tranquilo e esclareceu que, ao contrário do afirmam os ativistas politicos, não está sendo investigado ou indiciado. “Eu desafio a Ong Moral a apresentar a certidão que comprove que estou sendo indiciado” – frisou.
Ele disse que o pedido da organização não governamerntal falece de qualquer amparo jurídico. “É uma verdadeira aberração jurídica”, ressaltou o procurador-geral de Justiça, que foi apoiado por um grupo de promotores de Justiça, que compareceram a sede da Procuradoria Geral de Justiça e fizeram questão de prestar apoio à sua gestão.
O procurador de Justiça foi mais além e disse disse absolutamente tranquilo para conduzir o MPE, contrariando o pedido de afastamento sugerido pela ong. Prado garantiu estar tranquilo quanto a negociação das cartas de crédito e das suposições de que ele teria tentado intervir junto a Polícia Federal (PF) em prol de Eder Moraes, que está preso em Brasília. “Ontem [terça-feira] mesmo paralisamos uma licitação do Governo do Estado por suspeita de fraude” – disse.
Pouco antes da entrega do ato, o coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Antônio Cavalcante Filho “Ceará”, negou participação no pedido de afastamento do procurador-geral de Justiça. Em nota, disse que o nome do movimento foi usado de forma indevida pela ong Moral e que esse comportamento "não contribui para o fortalecimento das instituições e combate à corrupção”.
Autor: 24 Horas News