O advogado Luiz Alfredo Ferezin, que defende os produtores rurais expulsos da terra indígena Marãiwatsédé (nordeste de Mato Grosso), anunciou na ultima quinta-feira 09/010, a soltura do líder dos produtores, Sebastião Prado, que passou dois meses preso após uma operação contra uma suposta tentativa de retomada da reserva xavante.
De acordo com Ferezin, o juiz do caso acatou o pedido de relaxamento da prisão e condicionou a expedição do alvará de soltura ao pagamento de uma fiança no valor de R$ 30 mil.
Após uma arrecadação feita entre amigos e apoiadores de Sebastião, contou Ferezin, o montante foi reunido e usado para pagar a fiança. Sebastião foi solto na última quarta-feira após dois meses.
Prado foi preso no dia 7 de agosto, quando a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de prisão contra um grupo de pessoas suspeito de tentar retomar os 165 mil hectares da terra indígena de Marãiwatsédé.
Dentre as ações atribuídas ao grupo está o auxílio à prática de crimes como lesão corporal, furtos, incêndios e atos de corrupção com objetivo de reocupar as terras das quais foram expulsos.
Entre o grupo estariam pessoas que foram expulsas da área enter 2012 e 2013, quando a PF executou – em conjunto com o Exército, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Força Nacional de Segurança – a decisão judicial de desintrusão da área, a qual acabou sendo entregue para a Fundação Nacional do Índio (Funai) após um longo processo judicial sobre a ocupação original das terras.
Autor: G1