A ex-senadora Serys Slhessarenko afirmou que se desfiliou do PTB, partido comandado em Mato Grosso pelo ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo.
O pedido de desfiliação foi protocolado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) no início de março. Ela se filiou ao partido em 2013, após deixar o PT em meio a crise interna.
A ex-senadora, que almejava disputar o Senado nas eleições de 2014, foi rifada do processo após a sigla optar por coligar com o grupo do então candidato ao Governo, Pedro Taques (PDT), não mantendo, assim, candidatura na disputa majoritária.
“Quando me filiei foi com a vontade de contribuir com o fortalecimento do partido. Foi isso que atraiu e foi isso que me disseram que eu faria. E também me diziam que queriam que eu fosse candidata "Senti que eles não tinham interesse em fortalecer o partido. Não sei o motivo de eles quererem aquela coligação. O PTB acabou não elegendo ninguém"
“Existia a vontade da maioria em apoiar o Pedro Taques para governador, mas, em um dia, definiu que sairíamos com um candidato ao Senado. No outro dia, mudou-se tudo, resolveram coligar sem participação nenhuma na majoritária. Fui contra, e disse que se eles saíssem dessa forma, o PTB não ia conseguir nenhuma vitória. Foi o que aconteceu”, afirmou.
“Senti que eles não tinham interesse em fortalecer o partido. Não sei o motivo de eles quererem aquela coligação. O PTB acabou não elegendo ninguém. Acho que poderíamos ter tido uma eleição bonita. Não estou dizendo que eu iria sair vitoriosa na disputa pelo Senado, mas o que tivéssemos de voto, seria a representatividade do partido”, disse.
Segundo Serys, até o momento, nenhum dos dirigentes a procurou para conversar sobre sua saída do partido.
“Não me procuraram. Nem antes, nem durante e nem depois das eleições. Acho que as pessoas têm o seu jeito de proceder. O meu não seria esse. Não quiseram falar comigo, mas não posso fazer nada”, afirmou.
Futuro
"Não me procuraram. Nem antes, nem durante e nem depois das eleições. Acho que as pessoas têm o seu jeito de proceder. O meu não seria esse"
Serys Slhessarenko chegou a cogitar a filiação em partidos que estavam em processo de criação, como a Rede, da ex-senadora e candidata à presidência da República, Marina Silva (PSB).
No entanto, a Câmara Federal aprovou, em fevereiro, projeto de lei que freia a criação de novas legendas, o que desanimou Serys.
“Uma possibilidade que eu estava considerando era entrar em um partido novo. Mas, com os últimos andamentos, dificilmente vai nascer partido novo, se nascer será com dificuldades tão grandes que acho que estou cansada demais para começar do zero”, disse.
“Então, devo ir para um partido já existente, com pessoas que realmente gostem da minha forma de trabalhar, que lembram com clareza das contribuições que já dei para a política de Mato Grosso”, afirmou.
A ex-parlamentar não quis adiantar de qual legenda já recebeu convite e nem se pretende disputar as eleições de 2016, na qual a principal disputa será a Prefeitura de Cuiabá.
“Estou recebendo convite de vários partidos. Alguns, chegaram de direção nacional, de regional, de deputados, militantes. Mas ainda estou conversando, escutando, não sei quando será a decisão. A partir do momento que definir, a discussão sobre a próxima eleição deve vir à tona e aí a gente decide”, completou.
Autor: Mídia News