Em assembleia geral, ocorrida na manhã desta quinta-feira (18.02), os servidores do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) - que estão em estado de greve desde o acordo firmado com o governo do Estado em setembro de 2015 para findar uma paralisação que teve início em julho daquele ano - decidiram que podem voltar a parar a partir do próximo dia 29 caso o novo presidente, anunciado esta semana pelo governador Pedro Taques, o delegado da Polícia Civil, Fausto José de Freitas, não indique ações efetivas e céleres para atender o referido acordo. Uma carta com todas as pautas ainda não atendidas como concurso público e a mudança de prédio, serão entregues a ele na próxima segunda-feira (22.02), pelos representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (Sintap) quando Freitas estará em visita ao órgão.
A presidente da entidade sindical, Diany Dias, informou que os servidores estão no seu direito se paralisaram as atividades uma vez que nada do que foi acordado foi cumprido, principalmente a mudança do prédio que está sem condições dignas de trabalho para os servidores. Segundo ela, o prazo, estipulado pelo próprio Governo na época da greve de 2015 era que a mudança ocorreria até o dia 31 de janeiro passado. “Não fomos nós que demos esse prazo exíguo, e sim eles. E agora alegam que não houve previsão de orçamento para esta mudança e que ainda vão estudar como fazer todo o processo porque tem que ser aberta licitação para ver qual empresa fará a mudança e todo um cuidado com o arquivo. Isso quer dizer que, então, quando foram para a mesa de negociação não avaliaram tudo isso antes de indicar 31 de janeiro?”, avaliou.
Todos os entraves para a não mudança imediata foram elencados pela atual presidente do Intermat, Luciane Bezerra, em ofício enviado no fim de janeiro ao Sintap. Ainda assim, a entidade decidiu levar à base as considerações para que indicasse qual a melhor atitude a tomar. “Estamos em estado de greve, respaldados pela lei. Portanto, podemos parar a qualquer tempo sem acarretar em ilegalidade”, salientou Dias. Todas as propostas dos servidores a respeito do assunto foram ouvidas e venceu a que ocorre na segunda-feira com a entrega de ofício já cobrando o atendimento do acordo por parte do Intermat respaldada pelo presidente indicado e com prazo de resposta oficial de uma semana.
Caso isso não ocorra a base não terá alternativa que não seja uma nova greve. “São muitos os problemas nesse prédio. Haja vista os inúmeros processos que estão pelo chão e o fato de o Indea ‘ajudar’ o Intermat com a cessão de carros para atender às demandas do Instituto por tamanha falta de estrutura para atendimento. Até hoje o governo não sentou com o sindicato para dizer o que quer para o futuro do Intermat e isso é preocupante”, lembrou o vice-presidente do Sintap, Francisco Aurélio Pereira Borges.
“Estamos cansados de falácias! Se este governo é mesmo legalista e transparente como diz, está na hora de começar a mostrar. Nós vamos agir totalmente dentro da lei com a continuidade da greve se for preciso, mas esperamos que o cumprimento se dê o quanto antes e da forma como foi estipulado anteriormente”, finalizou a presidente do Sintap.
Autor: AMZ Noticias com Adriana Nascimento