Com o título de Capital Nacional do Agronegócio, Cuiabá representaria a produção e a industrialização da cadeia do agro, que está presente nos 141 municípios, sendo que alguns se destacam em um ou mais elos dessa atividade que é o pilar econômico mato-grossense. “Para que possamos despertar interesse ainda maior em investidores precisamos concentrar a representação (do agro) em Cuiabá e, sinceramente, acho que essa ideia não sofrerá resistência”, observa Jorge Pires. Emanuel Pinheiro acredita que a classe política fechará questão com essa proposta.
Em pontos isolados ou em áreas municipais agrupadas são esses os principais destaques mato-grossenses: Sorriso cultiva 626 mil hectares (ha) de soja e responde por 17% da safra estadual e 3% da nacional dessa leguminosa; e colhe 2,6 milhões de toneladas (t) de milho safrinha. O município fechou 2016 em primeiro lugar na exportação mato-grossense com US$ 1,36 bilhão (FOB), ficando em segundo lugar na balança comercial, atrás de Rondonópolis que conquistou essa posição por seu volume importado; e, além disso, é o maior produtor de peixes nativos de água doce do Brasil.
Lucas do Rio Verde concentra o maior volume de abate de aves e suínos do Centro-Oeste. O frigorífico da BRF – Brasil Foods tem capacidade diária para abater 300 mil aves e 4.400 suínos. Tangará da Serra, Nova Mutum, Sorriso e Nova Marilândia também registram grandes abates. Tapurah carrega o título de “Capital da Suinocultura” que lhe foi concedido pela Assembleia Legislativa. O município não abate suínos, mas suas granjas respondem por 59 mil t de carne, que representam 63% da produção estadual.
Com 120 aviões agrícolas Primavera do Leste tem a maior frota aeroagrícola da América Latina. O município também se destaca no cultivo de soja, milho e algodão.
O polo formado por Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Tapurah, Ipiranga do Norte, Nova Ubiratã e Santa Rita do Trivelato é o principal produtor de milho safrinha do país. Movida pelo agro, Trivelato tem a melhor renda per capita estadual, com R$ 132.591,36.
Campo Verde é destaque nacional na lavoura de algodão e na produção de ovos. Poconé é sede da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Pantaneiros, a primeira raça equina reconhecida oficialmente no Brasil. Mato Grosso tem mais de 30 milhões de bovinos. Os rebanhos em Cáceres e Vila Bela da Santíssima Trindade ultrapassam um milhão de cabeças cada, seguidos por Juara, com 975 mil, Juína (711 mil), Alta Floresta (706 mil) e Vila Rica (607 mil). Nossa Senhora do Livramento tem a maior produção de banana em Mato Grosso. Nobres responde pela maior moagem de calcário no Estado. Campo Novo do Parecis cultiva a maior lavoura de milho de pipoca do país.
Rondonópolis é sede da Fundação da Amparo à Pesquisa Agropecuária (Fundação MT) e da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosoja) e naquele município está o ponto mais ao norte da ferrovia da Rumo ALL, que ali construiu o maior terminal ferroviário de embarque de commodities agrícolas da América Latina. Mato Grosso é um dos maiores esmagadores de soja no Brasil e aquele município ocupa o segundo lugar nesse setor. Juscimeira, Araputanga e Terra Nova do Norte são importantes polo da pecuária leiteira e de industrialização do leite.
O setor sucroenergético tem seu principal polo em Barra do Bugres e Nova Olímpia, com canaviais que se estendem a Denise, Tangará da Serra e Porto Estrela; essa atividade também está presente em Mirassol D’Oeste, São José do Rio Claro e outras cidades. A produção de biodiesel tem unidades em Lucas do Rio Verde, Colíder e outras cidades.
Autor: AMZ Noticias com Diario de Cuiaba