Dois atletas de jiu-jitsu de Barra do Garças vão participar do Mundial Grand Slam, que ocorre no Rio de Janeiro, entre 10 e 12 de novembro. A competição acontece nos cinco continentes e é a primeira vez que inclui a modalidade para-atleta.
Um dos competidores é o para-atleta Márcio Montiel, 29 anos, que pratica o jiu-jitsu a mais de um ano. Ele ficou paraplégico após receber uma descarga elétrica e cair, fraturando a coluna, há dois anos atrás. A paixão pelo esporte surgiu quando o faixa preta em jiu-jitsu, também para-atleta, Elciley Luz da Silva, o convidou para uma aula experimental.
Com a ajuda do treinador Gabriel Guerreiro, faixa azul e estudante de educação física, Márcio tem se dedicado ao treino e à musculação. Natural de Porto Xavier (RS), e morador de Mato Grosso há 12 anos, o atleta já foi campeão Centro-Oeste e, se conquistar o Mundial no Rio de Janeiro, já mira participar da próxima etapa que será em Abu Dhabi, em 2018.
Agora ele busca por patrocínio e parceiros para bancar as despesas com a viagem. Além dos gastos pessoais com passagens e alimentação, por ser para-atleta, Márcio também precisa do acompanhante, o treinador Gabriel. Para ajudar, os amigos estão vendendo rifas no valor de R$ 10,00. A academia Gracie Barra também está ajudando com venda de produtos.
O outro competidor que participa do Mundial é o Amarildo Fernandes, 35 anos, natural de Anápolis (GO) e morador de Barra do Garças há dois anos. O faixa roxa é monitor do projeto realizado pelo Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), da Polícia Judiciária Civil, que disponibiliza aulas de Jiu-Jitsu e defesa pessoal para servidores e colaboradores da Segurança Pública da Regional de Barra do Garças. A iniciativa tem o apoio da Polícia Militar do Estado de Goiás
Os trabalhos contam com a parceria do Sistema Prisional de Barra do Garças, que concedeu o espaço da academia para realização dos treinos. As aulas acontecem segundas e quartas-feiras, das 19h30 às 21 horas.
Segundo Amarildo, o projeto aplica a filosofia Gracie Jiu-Jitsu, buscando a integração entre servidores da Segurança Pública e seus familiares. O esporte promove um aprendizado de autoconhecimento, ação-reação, convivência e disciplina.
“A ideia de estender as aulas para os filhos dos servidores, visa a interação familiar, participação e conquista de confiança, respeito e união, fazendo a aproximação através da filosofia das artes marciais”, destacou o idealizador do projeto.
Autor: AMZ Noticias com Semana7