O secretário estadual de Fazenda, Rogério Gallo, atribuiu a crise financeira que assolou Mato Grosso em 2018 e que traz reflexos para 2019 à paralisação dos caminhoneiros e à falta do pagamento de R$ 400 milhões do Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX), um impacto de 24% nas contas do estado.
Caminhoneiros paralisaram as atividades em maio do ano passado, causando o desabastecimento de frutas, verduras, combustíveis, entre outras coisas, em MT. O reflexo da greve dos caminhoneiros deixou comerciantes e consumidores de Mato Grosso sem mercadorias.
Gallo diz que o estado fechou o ano de 2017 com deficit de 1,5 bilhão. Já em 2018, o valor subiu para quase R$ 4 bilhões referentes a empresas e prestadores de serviço dos mais variados segmentos, que permanecem sem receber.
O FEX é uma compensação financeira paga pelo governo federal aos Estados exportadores depois que a Lei Kandir isentou a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos produtos in natura ou semi-elaborados destinados ao mercado externo. O repasse, no entanto, não é obrigatório.
O ex-governador Pedro Taques propôs a criação do Fundo de Estabilização Fiscal no penúltimo ano da sua gestão. Gallo explica que esse fundo deveria ter arrecadado R$ 500 milhões, mas arrecadou R$ 150 milhões. “Nós poderíamos ter tido recursos adicionais que acabaram não sendo colocados. Esses R$ 150 milhões foram fundamentais em 2018, porque foram aplicados na Saúde”. Conforme o secretário, a gestão de Taques terminou com restos a pagar de R$ 2,1 bilhões.
Autor: LuzimarCollares com CentroAméricaFM