O judô japonês ocupa mais uma vez as páginas policiais nesta sexta-feira. Um dia depois de o técnico Ryuji Sonoda pedir demissão após ser acusado de assédio e abusos físicos de atletas durante a preparação para os Jogos de Londres, o bicampeão olímpico Masato Uchishiba foi condenado a cinco anos de prisão pelo estupro de uma de suas alunas em setembro de 2011.
Segundo a promotoria, o crime ocorreu durante uma viagem a Tóquio, onde a equipe do ex-judoca ficou hospedada em um hotel para realizar um período de treinamentos. Após uma festa, a aluna - então menor de idade - passou mal após ingerir bebidas alcoólicas em excesso. Aproveitando-se da situação, Uchishiba teria levado a jovem para o quarto, onde houve o ato sexual. Na ocasião, o medalhista dava aulas na Universidade de Enfermagem e Bem-Estar Social de Kyushu, que o demitiu logo após o escândalo.
Em sua defesa, o campeão olímpico afirmou que a relação se deu de uma forma consensual, o que foi prontamente contestado pela promotoria, sustentando a versão a de que a jovem acordou e, ao perceber o que estava acontecendo, foi impedida de gritar pelo ex-judoca. O ex-atleta ainda teria aumentado o volume da TV e tapado a boca da menor com a mão.
Aposentado dos tatames desde outubro de 2010, Uchishiba é um considerado um dos maiores nomes da história do judô japonês. Apesar da carreira vitoriosa, com ouro nos Jogos de Atenas-2004 e Pequim-2008, ele foi derrotado pelo brasileiro João Derly na final do Mundial de 2005, na categoria até 66kg. Aposentado desde 2010, o ex-atleta tem 34 anos.
Autor: EsportenaGlobo